O lugar bem manipulado é capaz de produzir um futuro melhor. As soluções do mundo contemporâneo, regido pela indústria 5.0, devem ter o foco nas relações humanas. A construção do apego dos usuários com o ambiente construído - Topofilia - se faz com o desenvolvimento das relações entre o ambiente edificado e seu entorno, com a conscientização dos indivíduos para a participação coletiva, o que contribui para o desenvolvimento da cidadania.
Os problemas de segurança que vivemos atualmente nas grandes cidades têm origem na desigualdade social. No entanto, os projetos arquitetônicos e o planejamento urbano podem contribuir positiva ou negativamente para balancear o cenário de segregação. Os habitantes podem exercer papel importante de controle de segurança se participarem da dinâmica cotidiana das ruas. Além disso, a densidade construtiva e populacional das megacidades vem tirando o lugar de vazios importantes, locais para o exercício social do ser humano. As cidades precisam conter edifícios que sejam vistos, penetrados e sentidos pelo homem que circula pela cidade.
O programa arquitetônico de edifícios institucionais destinados à cultura e educação deve incluir e enaltecer o conjunto de ambientes destinados a convivência. Parte de suas áreas são de uso comum e podem estar destinadas a realizar a transição entre espaço privado e público. Estes envolvem:
Entrada principal; recepção; pátio; biblioteca; salões; auditório; lanchonetes; refeitório; quadras e espaços esportivos; áreas de espera; áreas de circulação; e áreas de embarque e desembarque.
Os estabelecimentos de cultura, ensino e aprendizagem são lugares capazes de exercitar a convivência. A formação social adequada dos cidadãos e a conexão dos ambientes privados com os públicos enaltecem a construção de comunidades participativas. A cultura do pertencimento dissemina segurança, na medida que seus atores criam uma relação mútua de confiança denominada policiamento.